terça-feira, 15 de setembro de 2015

Para o que você teve que dizer "sim" quando estava viajando?



Bella, Moritz, Ellie, Quetin, Rozenn e Ben... Muito a vocês!


A matéria de hoje é sobre o desafio do "sim", uma palavra que precisamos dizer muitas vezes quando viajamos. Dependendo do mochileiro em questão, quanto mais diferentes são o país, o povo, ou apenas alguns hábitos, maior é o sim que ele precisa dizer (Dizer sim = Compreender = Aceitar). Como disse um dos participantes: "Coisas as quais precisamos nos acostumar, para viver de forma completa".

Foi aí que percebemos ter bastante sorte em questão de amizades. Fomos atrás de pessoas com quem tivemos a sorte de nos encontrar pelo mundo, ou até de conhecer parte do mundo com eles. Depoimentos bem disitintos, porém cheios de respeito.

Bem, vamos ao que importa, como sempre. :D


ISABELLA

Começamos pela que tem mais história para contar, não é para menos, Bella inventou de morar na China... Agora ela vive em Fernando de Noronha, mas sim, ela estava na China. :D
Tudo é diferente, desde o aluguel que é pago a cada três meses, até o "jeitinho chinês", Bella diz que eles também tem e em triplo do nosso (Impossível imaginar ;D). Pimenta, o aviso é para que você vá preparado para aceitá-la em tudo.
"Se conforme em não ter acesso a Facebook, youtube, twitter, etc. Eventualmente o governo ainda pode dar um piti e colocar linked in e hotmail de castigo por uma semana (acredite, aconteceu enquanto estive lá).  Google tem... ou mais ou menos. Redirecionado para servidores de hong kong em cantonês e, como qualquer site liberado mas que tem servidores além das fronteiras do Great FireWall, é muito lento, as vezes nem carrega". Segundo, Isabella Alliz. Pesado...
Ainda tem mais: "Adote o Baidu como novo seu novo Google. Sim, Baidu, aquele que se instala no seu computador como um suposto anti-vírus e instala um monte de outras porcarias que come sua conexão e agem como spywares. Mas é o único que funciona bem lá (como site de busca)".
E a lista de Bella segue:
"Sabe aquele sinal como um hangloose na orelha que fazemos para simbolizar "ligação" ou "telefone"? Não funciona lá. Arrume outro método para colocar crédito no telefone".
"De bicicleta você vai longe!"
"Faça amizade com chineses! Eles podem ser extremamente leais e prestativos. Em troca, estarão praticando inglês com você".
"Vai passar uma temporada longa? As temperaturas são extremas! Desde esfriar vinho na janela no inverno à fritar ovo no asfalto no verão".
E aquela que a gente já conhece:
"Vai às compras? NUNCA, JAMAIS, EM QUALQUER HIPÓTESE, PAGUE O PREÇO QUE TE OFERECEM. Pratique MUITO a arte da barganha antes de chegar lá. Te passaram um preço de 400 yuans? Então deve custar 80".

...


MORITZ

Esse  alemão com um coração enorme, que encarou um ano de voluntariado no Peru e agora faz guerra de melhor comida comigo via whatsapp.  Vimos de perto alguns sims que ele teve de dizer, afinal trabalhamos juntos e dissemos alguns parecidos.
"Vou pontuar poucas coisas, porém elas já foram mudanças muito fortes, que me deixaram uma grande marca na minha mente. A comida, pro exemplo (Sabíamos que ele ia começar falando de comida :D ), foi uma grande mudança não ter mais a comida alemã; mas foi aí que conheci a rica cozinha peruana. Tanto que, agora que voltei para casa, tenho que cozinhar alguma receita peruana ao menos uma vez por semana". .. Aí ele vem e fala da do Ajis de gallina, do Lomo saltado e da Chaufa.... E nos deixa salivando de saudade! :P
Outra grande diferença para Moritz, que veio de uma grande cidade na Alemanha, Mannheim, foi a vida em Urubamba, vila em pleno Vale Sagrado peruano. Ali todos pareciam se conhecer. Um coisa que chamou atenção dele foi o "tempo" (coisa que conhecemos bem), o trabalho que começaria às 8h e pessoas que chegam às 8h30. :D
E Moritz termina seu depoimento assim: "No entanto, é incrível o tamanho do coração das pessoas naquele lugar. E a simplicidade da que vida, que agora me faz sentir diferente, quando vejo a vida de consumo e pessoas com starbucks em uma mão e iphones na outra. Enquanto há um mundo com pobreza, que elas não conseguem ver".

...


ELLIE

Para a britânica Ellie, que morou no Rio de Janeiro, e agora tenta sobreviver aos exames de Oxford (:D ), dizer sim parece ter trazido muitos benefícios, como conhecer as cachoeiras de Minas Gerais e ver o lobo guará. Em questão de comidas, mesmo doente, ela não se recusou a provar de tudo e se encantou com as frutas, a água de côco, além das tapiocas em Olinda, com direito àquela vista.
E para terminar, suas palavras, sem nenhuma intervenção, para não estragá-las: "Falar sim em vez de ´yes´. Em Inglaterra, aprender uma nova língua não é muito comum porque as pessoas acham que todo mundo vai falar inglês. Mas para mim, a decisão de aprender um pouco de português foi uma das melhores coisas que eu fiz porque você se sente mais livre sem as barreiras da língua e pode falar com quem vc quiser".

...


QUENTIN

O francês que veio para estudar na Unicamp e conheceu o Brasil de norte a sul, também tem muito o que falar.
Ele diz que saiu daqui enriquecido por causa das diferenças culturais entre América do Sul e Europa. Mas, o maior sim que ele disse foi para o "tamanho" do Brasil, :D Coisa que impressiona os europeus. Quentin disse que, em seis meses vivendo aqui, percorreu mais quilometros do que sua vida inteira antes. Outra coisa que ele aceitou foram as diferentes formas que de planejar, buscar coisas, a dinâmica diária.
E sem querer, Quetin manda uma mensagem para os coxinhas de plantão. Ele comenta sobre as diferenças sociais que ele viu no Brasil, mesmo entre pessoas que habitam o mesmo lugar. Para um frances, que conhece uma das melhores coberturas sociais do mundo para pessoas de baixa renda e não percebe tão evidentemente o abismo social, aqui impressionou bastante. ...
É Quentin, e ainda tem gente que chama a assitência social brasileira de "esmola", pede seu fim e ainda pede um domínio militar para o país.

...


ROZENN

Essa francesa é coragem da cabeça aos pés, aventureira de verdade (Das muitas vezes que viajamos juntos, só a vi enfraquecer perante um Happy hour com 2 caipirinhas pelo preço 1). Depois do longo período no Brasil, Rozenn voltou para França e de cara topou fazer um estágio em Mohéli, uma Ilha africana proxima à Madagascar e Ilhas Seychelles, onde os habitantes eram muçulmanos e havia pouquíssima internet . Quando pensamos que ela falaria de diferenças culturais e religiosas, ela pareceu muito bem com isso, ela não gostava mesmo dos atrasos, trabalho marcado para as 2h da manhã, com pessoas chegando as 4h. Ela trabalhava com monitoramento de tartarugas marinhas, dá até para imaginar a frustração de perder o contato com os animais e ter de esperar pela próxima chance.
Mas, insistimos na pergunta sobre a religião, e para ela não foi mais difícl do que tomar banho de mar com vestidos, por que bikinis não eram permitidos. E nós aqui esperando coisas tão mais complicadas.

...


BENJAMIN

Assim como Moritz começou falando de comida, esperávamos que Ben começaria falando do calor, afinal, ele saiu de Londres para viver no Rio de Janeiro. Suas palavras na íntegra! :D "Tá, vamos ver... no Rio, aprendi a aguentar o calor danado que nunca termina (apesar de o curtir de vez em quando)".
É engraçado como ele fala de um aspecto difícil e em seguida de um positivo, ao menos engraçado: "Aprendi a aceitar a passar 1h 30 no onibus só pra chegar no trabalho, mas aprendi a adorar o estilo brasileiro de beber cerveja (com os copinhos)".

Para terminar: "Ah, e aprendi a comer arroz com macarrão kkkk"







Nenhum comentário:

Postar um comentário