quinta-feira, 21 de maio de 2015

Guia de sobrevivência no Peru... Mesmo para brasileiros calejados com tudo :D

Plaza de Armas de Cusco, de drogas a massagem, tudo te é oferecido nesses quatro lados.
























Antes de qualquer dica que te deixe com receio antes de vir ao Peru, gostaria de dizer que o peruano é dos povos mais prestativos do mundo, com exceção dos que vivem próximos a fronteira (estes parecem que sobrevivem de certa grosseria e esperteza).


...

Aqui, às vezes, não é preciso nem pedir carona, se eles veem cansaço em seu rosto, vão te perguntar se você precisa de ajuda. Aqui, desconhecidos não tem medo de te darem bom dia ou boa tarde, se acostume a sorrir e responder, nosso tão aclamado Brasil ainda não aprendeu a ser assim. Aqui, eles vão te chamar de papa, papi, mamita... Puro carinho. E vão te dar descontos, muitos. E não vão ter vergonha de comentar se você é bonito ou bonita. Eles adoram a beleza tupiniquim.


Maaaas, prepare-se, pois, na contramão disso, eles também vão:


  • Dormir em cima de você numa viagem de van ou ônibus, e se a estrada tiver muitas curvas, você será um belo e forte encosto :P
  • Se você andar um pouquinho mais devagar que eles, não haverá exitação em passarem na sua frente com um ligeiro empurrão do tipo "se liga!"
  • Eles também adoram frear subtamente na sua frente, é esbarrão na certa, então encontre um meio termo entre caminhar rápido e devagar :D
  • Os motoristas dão partida faltando 3 segundos para o sinal abrir, nem tente levantar a mãozinha para pararem, só acontece (e olhe lá) em zonas muito turísticas.
  • Ahh, e eles adoram calor, microônibus e vans servem como estufa, não ouse abrir as janelas em certos casos. :D
  • Fuja de quem oferecer informações em rodoviárias ou centros turísticos, parecem pessoas gentis como os peruanos habituais, mas, você terá de pagar o que tiver de pagar, mais S5,00 soles extras por esse favorzinho. :P
  • As mulheres são muito trabalhadoras, assim como no Brasil. Se não tem trabalho fixo, improvisam uma barraquinha com qualquer coisa e vão para as ruas vender. Sem dinheiro para manter uma creche para seus bebês, levam os filhos juntos. Então, apenas aceite esse fato e interrompa seu tour para procurar a mãe de um pequenino andando só em plena rua cheia de carros e turistas... Provavelmente, ela vai estar por perto tentando negociar um souvenir com um visitante.


... no mais, venham, que o momento é incrível no Peru, cidades fervendo de turistas e sem chuvas, só o friozinho dos Andes, num sol incrível e céu azulzão.




terça-feira, 12 de maio de 2015

Como vim morar no Vale Sagrado

Tudo virou de cabeça para baixo na minha vida no dia 14 de dezembro de 2014, quando, logo ao chegar a redação onde trabalhava, no Diário de Pernambuco em Recife, me chamaram na tão temida sala de reuniões. Ja imaginava o que vinha pela frente, o meu editor chefe na sua frieza típica me disse calmamente que eu estava sendo desligado da empresa. Confesso que primeiro o que me bateu foi uma felicidade, para mim, o que se sente primeiro, é a coisa mais sincera e intuitiva, depois vem o resultado de 1001 reflexões.

Na volta para casa (isso mesmo, é na hora, arrumar os brinquedinhos e sair do jogo) eu estava com todos os medos do mundo, maiores do que meu medo sempre que estava de bicicleta pelas ruas de Recife. Mas, entre um "e agora?" e eu outro, aquela felicidade voltava intercalada.

Eu só sei que, em uma semana, o que aconteceu foi: perdi o emprego, o dono do apartamento que compartilhava veio perguntar se poderíamos devolver a casa, pois ele mesmo gostaria de se mudar para lá... e o melhor, meu colega de apartamento, um alemão, veio me falar da ONG onde tinha trabalhado. Tudo aconteceu rápido, ele fez uma ponte entre essa ONG e eu, e, em 20 dias eu estaria embarcando rumo ao Peru para trabalhar por um mês e meio.

No caminho, fui parando em Santiago, Deserto do Atacama, cidades na Bolívia até chegar em Cusco, no Peru. Meu destino final seria Urubamba, no Vale Sagrado peruano... E a primeira cena que vi foi das montanhas nevadas dos Andes me recebendo. Eu não sabia o que esperar, só sabia que seria incrivel, e foi. As crianças, a ONG e sua organização, a cidade de Urubamba... Me receberam muito bem, todos com uma simpatia e uma timidez tão singulares.

Claro, os outros voltunários, todos alemães, continuavam alemães, e demorou um tempo para nos aproximarmos bem. Mas, todos sempre foram muito anteciosos, sobretudo Nia, a que me recebeu e me conseguiu uma habitação em casa de família. Outra coisa que nao poderia ser melhor, uma casinha simples no segundo piso, com direito a um terraço com vista para as montanhas, dois cachorros lindos e a família que morava no piso de baixo e não me deixava faltar nada.


Minha linda casa, durante um lindo mês.

Um dia era melhor que o outro, eu fui certo para trabalhar mais com fotografia e e desenho junto às crianças, mas cheguei a vender trutas no mercado, arar a terra para plantação. E simplesmente brincar com as crianças. Existiam a Oficina (escritório) que ficava em Urubamba, e Munaychay, uma área onde metade dos voluntarios moravam junto com as crianças, e essa área ficava já bem alto na montanha, fria, e perto dos nevados.


Munaychay, e a primeira vista que eu tive quando cheguei lá.

O centro da área era a Casa Redonda, e aí passei meus melhores momentos, sempre havia uma comemoração e todos nos reuníamos e dançávamos até cansar. E esse projeto de fazer fotografias e ensinar desenho evoluiu para vídeos e foi aí que conheci outra parte do Vale Sagrado, que ja era incrivel para mim: A Vila de Huilloc, com todas as pessoas em suas roupas típicas, falando praticamente só o quechua e as crianças mais fofas do mundo indo à escola com seus trajes típicos, com as cores marcando que região vinham ou de que família faziam parte.


Como campesino, depois como professor de desenho, depois como fotógrafo... :D

Pena que isso durou apenas 1 mês, deveria ser mais, mas as vezes não havia nada para fazer, então viajava. ... Mas o que aconteceu? Voltei ao Brasil. ... E um mês depois, voltei ao Peru, e continuo aqui. Queria decorar o nome de todas as crianças e voluntários, concluir meu projeto, criar outros e, claro, passar mais algumas noites na Macumba, o único Club da cidade de Urubamba, com seu set list de 8 músicas. Dessa vez, são mais dois meses, somente aqui, só trabalho e vida tranquila, sem viagens extras (por aqui já tem coisas demais para ver) e muita, mas muita economia :)


Minha cara de feliz não mente. O desafio do primeiro contato e depois essa aproximação, não tem preço.

Samir, uma das razões que me fizeram voltar.

Dicas mais atualizadas sobre Peru, Chile e Bolívia

Andei lendo dicas de como se organizar para viajar pela América do Sul, e confesso que achei bem mal ou, ao menos, bem desatualizadas.


Desde fevereiro deste ano estou viajando pelo Chile, Bolívia e Peru, pois estou trabalhando como voluntário numa ONG alemã em Urubamba, no Vale Sagrado, Peru. Posso dizer que  situação economica para nós não anda bem, principalmente no Chile, onde, em três meses, R$1,00 real passou de valer P$260,00 pesos chilenos, para P$175,00 na maioria das casas de cambio.

A melhor parte de Santiago: A parte gratuita.  Paisagens incríveis e sem pagar nada.

Lembro de ter trocado R$100,00 reais no dia 26 de abril em Santiago, e isso foi suficiente apenas para pagar um hostel*, comprar uma garrafa de água, duas emapanadas de pino, duas pizzas de cone pequeníssimas e pagar a ida e a volta ao aeroporto. Pois, dessa vez, passei só uma noite em Santiago.
Para quem vem de grandes cidades no Brasil, acredito que não vão desejar ficar muito tempo lá, pois logo se percebe o quanto a cidade é semelhante as nosssas no Brasil, em questão de diversão, vale ressaltar. Pois, em questão de limpeza, planejamento urbano, transporte e construções modernas... Ah, tá bom, isso vale como atração turistica. E, claro, os museus e exposições merecem muita atenção, como o de Arte Pré-colombiana e o de Belas Artes, que fica quase no subsolo do Palácio Lá Moneda. Tente um free tour, vale demais a pena, sempre as 15h em frente a Catedral da Plaza de Armas, assim como o Cerro Santa Luzia.


Totens funerários pré-incas, Museu de Arte Pré-colombiana em Santiago

O chilenos da capital são bem tranquilos, sabem fazer festa também, mas sem muitas badalações e voltam cedo para casa. E 70% da programação é como no Brasil: uns bons amigos e uns bons drink num bar, sobretudo no Bairro Bela Vista.

Vai atravessar fronteira por terra? Prepare-se para algumas grosserias e bizarrices. Na travessia clássica de Arica (Chile) a Tacna (Peru), você vai ver contrabando de mercadorias e vai esperar muito na alfândega, dependendo de quem esteja no mesmo micro-onibus que você. Dica importante: Pague a passagem em Pesos Chilenos, você vai ter a opção de pagar em Soles também. P$2,000 (Pesos Chilenos) ou S$12,00(Soles)... Se tiver sorte, a passagem vai estar custando P$1,500. Assim você economiza alguns trocados.

Nessas duas cidades, não há muito o que ver, em Arica tem o oceano pacífico e algumas focas nadando na praia junto com os banhistas, mas, a picaretagem dos taxistas e a certa agrassividade das pessoas não me deixou muito feliz lá não. Também falta transporte até o aeroporto e, se você não está em grupo, vai sair caro se deslocar. Pois quase não há transporte público visível e só "táxis particulares". A perda de tempo também é considerável, já que o aeroporto está a poucos metros da aduana, mas você precisa ir até o terminal de ônibus na cidade, e daí voltar a aduana... Não há ligação de transporte e o aeroporto fica no meio do deserto.

Em Tacna, porta de entrada ao Peru para quem vem do Chile, não há muito que ver, mas, por exemplo, se você está indo a Arequipa ou Cusco, os ônibus só saem à noite, e se você chegou aí pela manhã ou tarde, vale deixar as mochilas maiores num guarda-volumes e ir conhecer o parque dos petroglífos de Miculla, um táxi te leva lá por S$40,00 (ida e volta, negocie para menos), mas você vai ver que é longe e incluindo a espera do taxista para voltarem, vai ver que saiu barato. E o parque é bem legal.

(No Peru, a situação é mellhor por duas causas: tudo é realmente barato, e o Real é mais próximo do Novo Sol, tanto para fazer o câmbio (questão de dígitos) quanto o valor. R$1,00 = S$0,93-95... Isso mesmo, em três meses, o Novo Sol passou a valer mais que o Real também).


Plaza de Armas de Cusco, onde tudo acontece, desde boates, bons restaurantes, até ofertas de massagens e drogas.

Mas, em Cusco, por exemplo, corridas de táxi não são mais caras que S$5,00, hostels podem ser encontrados por S$20,00**, mesmo na altíssima temporada peruana (Inverno é mais seco e muito melhor para qualquer visita, trekkings e Machu Picchu, claro!). Um menu, que inclui sopa de quinoa, prato principal e postre (sobremesa), está entre S$15,00-20 na Plaza de Armas, com direita aquela vista incrível e S$7,00-12 nas ruelas ao redor e no bairro boêmio de San Blas. Por Deus, tente a pizza de alpaca no Restaurante Plus, com vista a Plaza de Armas... Sem mais.


Pedra de 12 lados em Cusco, logo depois, há a parede cujas pedras formam o puma e a serperte... "Obrigado" aos espanhóis por não terem destruído essas duas obras impressionates, também. 

Ah, eu sei que você vai querer comprar tudo que ver pela frente nos mercados de artesania em Cusco, mas, segure-se até chegar na Loja da Asunta, não tem erro, é exatamente em frente a parede inca cujas pedras formam a figura de um puma com uma serpente abaixo. Não é propaganda para ganhar uma jaqueta grátis depois, é por que ela é muito simpática, vai te dar uma 'regalito' somente se você parar em frente a loja, e o melhor: é uma loja de distribuição, com preço de fábrica. Realmente baratíssima, como jaquetas de alpaca por S$25,00, tocas por S$ 10,00 ou menos. E ela adora os brasileiros.

Se você vai a Machu Picchu de trem, pagando por fora, vai ver que sai muito mais barato tomar o trem em Ollantaytambo. Melhor opção por diversos fatores: Diferença de uns U$20-30 dolares; se você saísse de Cusco, teria que ir a uma estação muito fora da cidade (Poroy); e de Cusco a Ollantaytambo*** custa apenas S$10,00 soles, e você ainda pode parar duas horinhas para conhecer o lugar que também é impressionante. E se quiser baratear ainda mais, tome um coletivo (van) até Urubamba = S$6,00 e dái outro até Ollanta = S$1,50 (Não entendo de verdade a lógica de preços dos peruanos :D)


Ela, no ápice da sua beleza e mistério

Opções para chegar a Machu Picchu: Todas estão lotando muito rapidamente, são 12 mil pessoas desembarcando em Lima todos os dias em direação a Cusco e Machu Picchu, principalmente. Tanto que, se você gostaria de subir a Wuaynapichu, tem que esperar até julho. E as trilhas como Inca Jungle Trail e Salkantay Trail, que incluem trekkings, tirolesa, bike e camping até chegar a Machu Picchu, estão na faixa dos U$230,00-300 dolares. E a famosa Trilha Inka que dura até 5 dias, não sai por menos que U$400,00 dolares.


Wuaynapichu. Que com sorte, consegui agendar cinco dias antes. ... Porém, subir em meio a chuva é risco de vida.

Como eu já tinha feito a Rota do Salar de Uyuni e a Death Road na Bolívia, não estava mais em busca de aventura, queria Machu Picchu e pronto, então fiz a rota "by bus" que custa em média U$100,00 e inclui duas noites de Hostel em Águas Calientes, 3 refeições, entrada no Paque das Ruínas e guia. Para subir a Wuaynapichu são mais U$10,00 dolares, mas agora, não há mais vagas até julho. Essa é a opção mais barata. E pode ficar ainda mais, pois ela pode durar dois dias, mas você vai ter que correr para ver tudo nas ruínas e voltar caminhando de Águas Calientes à Hidrelétrica, onde estão os ônibus e vans que te levaram, epserando para te buscar de volta. (4 horas por trecho de caminhada).


As vans te deixam na Hidrelétrica, daí você anda de 3 a 4 horas até Águas Calientes, mas o caminho vale... e muito, a pena.


Dicas sobre a Bolívia


Não voltei lá desde fevereiro, mas creio que muita coisa não há mudado. Na época que fui, o Real valia um pouco mais que 4x o Boliviano, moeda do país. E tudo já era bem barato. Transporte, alimentação, passeios.


Antes de começar a Death Road... Com chuva!

Outro passeio obrigatório desde La Paz: Tiwanaku. E vale fazer tour em vez de ir por conta própria. Sai quase o mesmo. Além de incluir guia, entrada e almoço buffet.

Me hospedei no Hostel Loki La Paz**** (que também há em Cusco, Lima, Mancora e Salta, na Argentina), saiu barato pela cotação da moeda, B$45,00... Mas o perigo é a pulseirinha do LOki, quqlquer coisa que você pessa no bar, vai pagar com ela. O bar é no topo do edifício, com a vista mais linda da cidade. Você vai pedindo refeições e bebidas... e no check out, tem o seu infarto. :D
Desde La Paz, fizemos a Death Road com bikes, depois do desconto que conseguimos, fomos procurar preços num grupo de 5 pessoas, conseguimos por B$450,00, super qualidade em equipamentos e refeições servidas (no final há um hotel com piscina e buffet incluso, para relaxar e ter certeza que você sobreviveu um pouco antes de voltar a La Paz). Você pode ecnontrar mais barato, mas não me arriscaria, qualquer freio quebrado pode significar sua morte, sem exageros ;)
Hostels em Potosi e Sucre são enormes, confortáveis, com café da manhã e na faixa dos B$30-40 bolivianos. As duas cidades são incríveis e marcadas pela mineração e dominação espanhola. Arquitetura incrível, pela conservação, em Sucre (a cidade branca) e em Potosí, justamente pela falta de conservação em certas partes, parecendo um cenário de filme, com Cholitas, hamburguesas calientitas e criancinhas com bochechas enormes :D ... Em Potosí - Hostel La Casona; em Sucre, Hostel Amigo.


E foi assim que chegamos a Bolívia, pelo Salar de Uyuni. 

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*Hostel bem básico, mas, pelo menos perto da estação Los Heroes, ponto final do ônibus Centropuerto {opção mais barata para se chegar ao centro vindo do Aeroporto P$1.500,00} = economia grande.
**Hostel Green Shelters, novo, super confortável, com café da manhã, na Calle Meloc, próximo ao Loki Hostel, ao Vip House Hostel... e a 10 minutos no máximo da Plaza de Armas. Mesmo se você está com problemas de altitude.
***A melhor dica que posso dar sobre Ollantaytambo é visitar as ruínas ao lado oposto do sítio arqueologico mais importante (que é lindíssimo, mas você precisa do tal boleto turístico, que atualmente custa S$120,00 soles e inclui outros parques) esse do lado oposto é grátis, interessante também, e o chão está cheio de caquinhos de vasos antigos que ninguém leva como souvenir. Eu levei :D
****Qualquer um dos Lokis não serve café da manhã, mas tem boas promoções como o seu passaporte: a quinta noite é grátis para dormir e um drink grátis no bar. E você pode acumular noites como 2 em La Paz e 3 em Cusco, a 5° vai ser grátis. E se você vai a 3 Lokis diferentes, ganha uma camisa :P

sexta-feira, 8 de maio de 2015

E a gente faz vídeos também :D

O amor que temos em viajar, aliás, a obsessão que temos naquelas experiencias, sensações e pessoas que só conhecemos quando viajamos é tanta, que temos que transmitir isso a vocês também.
Nosso método, então, é usar todas as armas que podemos. O nosso instagram está aí do lado, nosso facebook também.
Mas, o nosso canal no youtube também é feito com muito carinho, e se você não tem muito tempo para ler os posts, vale dar uma espiada nos vídeos.

Tem as aventuras de 2014, pelo Brasil, na companhia de amigos franceses.

Tem a visita de um grande amigo da Polônia, que encontrou um bilhete promocional Cracóvia-Rio de Janeiro, e veio se esquentar por uma semana no Brasil.

Mas, os melhores são nosso giro pela França, em outubro do ano passado (Ou seria melhor dizer nossos saltos?!)... E nossa épica jornada pelo Chile, Bolívia e Peru, entre fevereiro e abril de 2015, que envolveu muita aventura, muitos amigos e até um projeto voluntariado nas montanhas do Vale Sagrado, no Peru.

Um amigo gastou R$600,00 em uma noite de "degustação de vinhos"... Com esse dinheiro, conseguimos fazer isso:

Depois do trauma* ao ouvir um amigo afirmar que gastou R$600,00 só numa noite degustando vinhos. Resolvemos dar 10 motivos para você economizar ao menos metade desse valor e investir em algo pela América do Sul... Seu continente... Que é repleto das coisas mais impressionantes que você pode esperar... Tudo por menos de R$600,00:


Nuvens se abrindo e revelando a cidade perdida de Machu Picchu

Com um pouco menos de R$300,00 você pode fazer o tour até "Machupicchu by bus". Que dura 3 dias e inclui 2 noites em hostel. Com café da manhã e outras duas refeições. Inclui também a entrada no sítio arquelógico (que por si só é caríssima) e o guia em inglês ou espanhol.
Além do transporte de ida e volta.
... e todas as pessoas incríveis que você vai conhecer e as vistas que não vai esquecer.


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Uma das 175 cabeças (Todas difeferentes uma da outra) do templo subterrâneo em Tiwanaku

Com R$ 300,00, você pode passar 3 dias em La Paz, na Bolívia, se hospedando em hostels que não deixam de serem perfeitos por serem tão baratos (R$ 1,00 = B$4,00) . Vai comer bem, fazer boas festas e ainda pode fazer um tour até Tiwanaku, a 70km da capital (R$70,00 - com almoço excelente incluso e guia) ... 

Aí você vai ter as primeiras impressões de que os mistérios da humanidade são bem maiores do que você pensa. E o que aprendeu na escola é uma verdadeira farsa. É comprovado que esse lugar tem mais de 10.000 anos, ... de acordo com os "mestres" nem tinha gente direito pela América nessa época.

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Último trecho do tour do Salar de Uyuni, o próprio salar. E último refeição com os companheiros de viagem.

Com R$300,00 você tem a oportunidade de entrar em outro mundo. Nos referimos a Rota do Salar de Uyuni. Durante 3 dias você vai ver desertos com montanhas nevadas, você vai confundir neve com sal e vice e versa.
Vai ver flamingos, rapozas, um bando de emas gigantescas correndo ao lado de seu carro... o que mais podemos dizer?
Inclui o guia/motorista, alojamento nas 2 noites, todas as refeições... Além das memórias incríveis e mais amigos para o resto da vida.

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Truta fresquíssima no Restaurante Challawasi em Huilloc, Montanhas do Vale Sagrado, no Peru.

Com R$5,00 reais você pode fazer essa refeição. E em alguns restaurantes, vai incluir o prato de entrada, a sobremesa e um refresco. Pelos mesmos R$5,00.
... E te sobram R$595,00 

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Mercado Público de Urubamba, Peru. Produtos orgânicos e uma pequena feira paga com  $3,00 soles


A oportunidade de ser fotógrafo amador vai ser gratuita... Apenas apure o olhar ao redor e mergulhe na cultura local. E canse sua câmera!

...Te sobram R$600,00

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Acordar as 4h da manhã e passar muito frio pode ter recompensas incríveis.

Por R$100,00 você pode conhecer os Geisers de El Tatio, no Deserto de Atacama. Acordar as 4h da manhã, sob frio de 7°C, quando eles estão explodindo mais forte. Inclui café da manhã, visita a aldeia secular de Machuca, vistar um semi safari andino... Vai passar mal no fim da viagem por causa da altitude... Mas faz parte!

E você ainda vai ter R$500,00 sobrando!

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Imigração da Bolívia, travessia vindo do Chile.

As paisagens são gratuitas também... e não perdem em nada para Europa. Você economiza R$600,00 para degustar seus vinhos...

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Por R$ 15,00 você vai poder vistar o Museu Pré-Colombiano de Santiago. E vai ter ideia de quanto a historia do seu continente é vasta, rica, evoluidíssima e mais misteriosa, impossível... 
Te sobram R$585,00, mas Santiago é uma cidade bem cara e o Real vale pouco perante ao Peso Chileno.

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Voluntariado pela ONG alemã Herzen fur Peru ou Corazones para Peru, escolas de Huilloc. Vale Sagrado.

O amor vai ser de graça também...
Mas seja forte na hora da despedida. Vai ser pior do que você imagina...


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Emilie e Camille, as francesas que conheci lá atrás em Uyuni, e, sem planos, viajamos juntos por quase 1 mês.

Os amigos? Eles vão ficar. Depois de tantas experiencias juntos, não há como não ficarem. E não vai te custar nada ter isso. Numa noite de degustação de vinhos, você só ia gastar R$600,00, ficar bêbado, conhecer 1 ou duas pessoas (seu amigo e seu garçom) ...

Um filme obrigatório para viajantes habituais

Na foto: Deserto de Salvador Dali, Bolívia. 

























Trecho final do filme Sete anos no Tibet, do diretor Jean Jacques Annaud. Filme biográfico sobre o alpinista austríaco Heinrich Harrer (Interpretado por Brad Pitt). O filme fala sobre viajar profundamente, viver uma cultura de forma espiritual. Traz reflexões sobre a vida, e momentos como Segunda Guerra e Invasão chinesa no Tibet...

*Ao voltar para Áustria, no final da Segunda Guerra, Heinrich vai até seu grande amigo (um menino) e aluno sobre o Ocidente. Como uma prece, seu amigo junta sua cabeça a dele e recita essas belas palavras.
Ah, o amigo? Dalai Lama.


Roubadas, e como fugir delas

Na foto, primeira parada do tour de 3 dias até o Salar de Uyuni, com início em San Pedro de Atacama, no Chile.


Países da America da Sul, por mais hospitaleiros que sejam, ás vezes fazem o turista sofrer bastante. Volta e meia, vai haver um picareta ou qualquer corrupçãozinha no meio do caminho. Então:

  •  Antes de desembarcar em qualquer cidade de meio porte, verifique se tem ao menos um sistema básico de transporte entre aeroportos, centro da cidade e rodoviárias. Se não tem, só vai haver uma opção: os aproveitadores dos táxis ilegais... e legais também (Fica ainda pior em países onde o real não vale nadinha, como o Chile).
  •  Tente verificar a cotação de moedas antes de sair trocando dinheiro, para perceber rapidamente se está sendo abusado. E quando ver que a grana está acabando, comece a procurar pelas melhores casas de câmbio, e só batendo perna você encontra.
  • Faça reserva antes nos hostels, ao menos para 1 noite ou 2 em alta temporada, assim, caso você queira mudar de hostel ou achar outro mais barato, vai ter tempo para procurar tranquilo e embaixo de um teto.
  • Cuidado com passagens de ônibus no Peru e Bolívia, certifique-se o máximo que puder sobre a rota que eles vão seguir. Se vão direto de uma cidade a outra ou fazendo paradas, isso pode significar muito. Eles não vão ter peso na consciência em te vender um gato por lebre (E nunca aceite que ninguém te leve até guichês de agências).

  •  Pese sua bagagem antes de viajar, as vezes você pode levar muito mais do que imagina e economizar com coisas que já tenha e não precise comprar novamente.